Devoções Especiais
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O Coração do Filho está contido
no Coração da Mãe
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus teve na Igreja, como a vinda do Messias na Lei Antiga, seus profetas e precursores. Na Idade Média, não se deve esquecer Santa Matilde, Santa Gertrudes, mais tarde São Canísio e outros, entre os quais o grande missionário da Normandia, São João Eudes, não deve ser esquecido.
Este último servidor devoto de Nossa Senhora reconheceu apenas um Coração nos Corações de Jesus e Maria.
Embora no sentido estrito da palavra, não pode ser chamado de precursor de Santa Margarida Maria, que, em um relato de sua vida, escrito por ela mesma em obediência às ordens de seus superiores, declarou que foi o próprio Nosso Senhor quem se dignou para prepará-la desde a infância para sua grande missão. No entanto, como se verá a seguir, estamos tão plenamente justificados em chamar São João Eudes de precursor dessa devoção quanto em chamar São Cláudio de la Colombière seu primeiro apóstolo.
Foi São João Eudes quem primeiro introduziu a devoção ao Coração de Nossa Senhora, a que chamou a aurora de onde emana a devoção ao Sagrado Coração.
O Coração do Filho está, segundo ele, contido no Coração da Mãe, e enquanto o Coração de Jesus é colocado proeminentemente diante dos olhos do mundo, ele nos diz para nos voltarmos para o Coração de Maria e implorarmos a abrir-se para nos dar o Coração de seu Filho.
Sempre que este grande devoto de Nossa Senhora falava nos seus escritos da devoção ao seu Sagrado Coração, não deixava de assinalar como, ao honrar o Coração da Mãe, somos compelidos a honrar o Coração do seu Divino Filho. Pois, se por um lado esses Corações estão materialmente separados uns dos outros, por outro lado estão espiritualmente tão intimamente unidos entre si que essa separação deve ser considerada apenas exterior e acidental.
No final de sua vida em 1672, escrevendo a seus irmãos, São João Eudes explicou claramente esta teoria: “Nunca foi nossa intenção separar por um momento duas coisas que Deus uniu tão intimamente como os Corações do Filho e de Sua Mãe Santíssima.”
Em uma carta a outra pessoa no mesmo ano, ele escreveu novamente: “Os Corações de Jesus e de Sua Mãe Santíssima formam juntos Um Coração, cheio do amor mais perfeito.”
Por isso, tudo quanto o Pe. Eudes e seus filhos fizeram para difundir e estimular a devoção ao Coração de Maria deve ser considerado como tendo feito também para promover a devoção ao Sagrado Coração de seu Divino Filho.
Já em 1659, ele compôs uma Missa e Horas em honra do Sagrado Coração, para as quais obteve a necessária aprovação e permissão para publicar.
Em 20 de outubro de 1672, a Festa do Sagrado Coração foi pela primeira vez observada publicamente em todas as capelas, seminários e igrejas dos Eudistes, com o consentimento dos Bispos, e desde então foi considerada uma das principais festas daquela Congregação.
Até então, nenhuma celebração pública havia sido realizada, mesmo por aqueles que professam grandemente essa devoção. Assim damos a São João Eudes a honra de iniciar a devoção pública ao Sagrado Coração de Jesus.
Adaptado de Mons. Joseph Anton Keller, Milagres dos Sagrados Corações,
pub. por J. M. Wasilowski, edição online 2012,
"Parte Um: Origem do Culto Público ao Sagrado Coração."
Postado em 24 de junho de 2022
Este último servidor devoto de Nossa Senhora reconheceu apenas um Coração nos Corações de Jesus e Maria.
São João Eudes viu os Corações de Jesus e Maria como um
Foi São João Eudes quem primeiro introduziu a devoção ao Coração de Nossa Senhora, a que chamou a aurora de onde emana a devoção ao Sagrado Coração.
O Coração do Filho está, segundo ele, contido no Coração da Mãe, e enquanto o Coração de Jesus é colocado proeminentemente diante dos olhos do mundo, ele nos diz para nos voltarmos para o Coração de Maria e implorarmos a abrir-se para nos dar o Coração de seu Filho.
Sempre que este grande devoto de Nossa Senhora falava nos seus escritos da devoção ao seu Sagrado Coração, não deixava de assinalar como, ao honrar o Coração da Mãe, somos compelidos a honrar o Coração do seu Divino Filho. Pois, se por um lado esses Corações estão materialmente separados uns dos outros, por outro lado estão espiritualmente tão intimamente unidos entre si que essa separação deve ser considerada apenas exterior e acidental.
Um busto de São João Eudes (1601-1680) o grande precursor da devoção do Sagrado Coração
Em uma carta a outra pessoa no mesmo ano, ele escreveu novamente: “Os Corações de Jesus e de Sua Mãe Santíssima formam juntos Um Coração, cheio do amor mais perfeito.”
Por isso, tudo quanto o Pe. Eudes e seus filhos fizeram para difundir e estimular a devoção ao Coração de Maria deve ser considerado como tendo feito também para promover a devoção ao Sagrado Coração de seu Divino Filho.
Já em 1659, ele compôs uma Missa e Horas em honra do Sagrado Coração, para as quais obteve a necessária aprovação e permissão para publicar.
Em 20 de outubro de 1672, a Festa do Sagrado Coração foi pela primeira vez observada publicamente em todas as capelas, seminários e igrejas dos Eudistes, com o consentimento dos Bispos, e desde então foi considerada uma das principais festas daquela Congregação.
Até então, nenhuma celebração pública havia sido realizada, mesmo por aqueles que professam grandemente essa devoção. Assim damos a São João Eudes a honra de iniciar a devoção pública ao Sagrado Coração de Jesus.
Adaptado de Mons. Joseph Anton Keller, Milagres dos Sagrados Corações,
pub. por J. M. Wasilowski, edição online 2012,
"Parte Um: Origem do Culto Público ao Sagrado Coração."
Postado em 24 de junho de 2022
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