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Resenha do filme 'O Papa Responde' - Parte IV

Francisco alimenta a racial luta de classes

Salwa Bachar
No artigo anterior, vimos como o Papa Francisco, no filme-entrevista com jovens de língua espanhola intitulado O Papa Responde, atacou a estrutura tradicional da Igreja, bem como a vida religiosa e a piedade tradicional.

Outra agressão contra a Igreja e a Civilização Católica foi a promoção da racial luta de classes por Francisco e a sua acusação contra os países que têm uma política de imigração conservadora de “colonialismo” e de serem “exploradores.”

Contra as políticas defensivas de imigração

Medha, uma menina índia-americana, perguntou ao Papa sobre o racismo e se ele já o experimentou. O Papa respondeu que pessoalmente não sofreu racismo, mas acrescentou:

Medha

Medha, acima, condena o racismo; Francisco: aqueles com políticas conservadoras de imigração têm uma mentalidade de “exploração”

Francis
“O migrante deve ser acolhido, acompanhado, promovido e integrado. A exploração que ocorre com esses homens e mulheres, para depois embarcarem num pequeno barco a remo e ninguém garantir que chegarão lá [ao seu objetivo]. Exploram-no [o migrante], torturam-no, levam-lhe todo o dinheiro e depois avisam-no: 'Esta noite vais viajar.' E quando chegam na praia, e ele vê o barco, se ele não quiser entrar, eles atiram nele, acabou, não? Isso acontece hoje…”

Khadim, um imigrante muçulmano senegalês que vive na Espanha, observou ao Papa: “Mas você não acha que isso é egoísmo? Tipo, 'eu os recebo quando quero, quando preciso deles.'”

Francisco respondeu alimentando a mentalidade de luta de classes que fica clara no comentário de Khadim e atacou os países com uma política de imigração conservadora como sendo “colonialistas”:

“Isso é exploração. Por trás disso, existe uma mente para explorar os outros. 'Eu uso você. Eu não te recebo como irmão, eu te uso,' certo? E essa é uma mentalidade exploradora. Por trás disso está o fantasma da escravidão, em última análise, certo? O migrante é considerado escravo. Ou seja, o colonialismo está sempre por detrás de uma política de imigração imatura. É uma política de não integração, de não tolerância, e até que os Estados alcancem a integração não haverá uma boa resolução para o problema dos migrantes.”

Khadim

Khadim protesta contra o ‘egoísmo’ das
políticas conservadoras de imigração

Agora, grande parte de África ainda permanece no poder dos muçulmanos, cuja “religião da paz” ensina que os não-muçulmanos são comparáveis ao gado, aos cães, e aos burros, que devem constantemente travar a jihad e subjugar à força o mundo ao Islã. Estão constantemente alimentando ataques terroristas e espalhando uma espécie de fatalismo pagão nas almas do povo africano, que impede qualquer progresso de alcançar a verdadeira civilização.

Não faltam notícias que mostram como jovens muçulmanos africanos fortes entram nos países ocidentais e causam violência e desordem. Grande parte dos conflitos recentes em França devem-se à enorme imigração de muçulmanos africanos naquele país. Em Marselha, por exemplo, as estimativas colocam o número de muçulmanos em cerca de 30-40% da sua população, tornando-a uma das maiores concentrações de muçulmanos em França. Aliás, tem agora a reputação de ser a cidade mais perigosa da Europa.

Anticolonização, ecclesia semper reformanda

O Papa Francisco também insinuou que as colonizações eram uma parte “embaraçosa” e “incoerente” do passado da Igreja.

Lucia

Lúcia, a ex-freira lésbica, acima: a colonização é uma contradição; Francisco: a colonização das Américas foi ‘embaraçosa,’ ‘incoerente’

Francis
Lúcia, a ex-freira lésbica, disse-lhe: “Você falou um pouco sobre a questão da colonização. A Igreja teve um papel pioneiro ou pelo menos muito ativo na colonização, pelo menos na América Latina. Já falamos sobre temas de racismo e, bem, temos uma Igreja que representa Jesus e Maria como se fossem brancos, e evidentemente não eram. Para você, isso não gera uma contradição?”

O Papa Francisco respondeu:

“Olha, o que gera contradição na vida é não assumir a própria história. A Igreja passou pelas etapas que você mencionou. Mas cada um de nós pertence a uma sociedade, a um país, a uma cultura, que tem um passado. E confessar o passado às vezes é difícil. Assumir o próprio passado às vezes é embaraçoso. A coerência é o que é mais difícil para os cristãos. Até no Vaticano, né? Até no Vaticano. Às vezes encontro mundanismo espiritual no Vaticano. E lentamente, pedi ao Senhor para ajudar a limpá-lo. Mas há vazamentos por toda parte. Em todos os lugares. A reforma da Igreja tem que começar por dentro. E a Igreja sempre tem que ser reformada, sempre.”

Sendo meio mexicana e tendo sido criada na fé católica graças à minha família mexicana, considero extremamente ofensivo que o Papa Francisco afirme que as colonizações europeias foram “embaraçosas” e “incoerentes.” Foi graças à benéfica colonização de Espanha e Portugal que os povos da América Latina puderam abraçar a Fé e entrar no caminho da Civilização Católica. Estou orgulhosa e honrada com esse fato. Caso contrário, o meu povo teria permanecido na superstição, na crueldade e na barbárie que estão relacionadas com o paganismo. Eles ainda estariam sacrificando pessoas aos demônios e, em muitos lugares, praticando o canibalismo. (1)

Aztec

Acima: um ritual de sacrifício humano asteca

Parece que Francisco teria preferido que os indígenas permanecessem nessa fase. Foi isso que ele insinuou na sua declaração contra a colonização.

Outro erro é a afirmação de Francisco de que a Igreja deve sempre ser reformada, o que é uma tese progressista conhecida como Ecclesia semper reformanda. Esta falsa doutrina foi explicada num dos livros do Sr. Guimarães sobre o Vaticano II intitulado Ecclesia. Esta ideia, popular no século 19 foi retomada e utilizada pelo Pe. Antonio Rosmini, cujas 40 teses foram oficialmente condenadas pela Igreja.

Francis 3

‘A Igreja deve sempre ser reformada’

A Ecclesia semper reformanda nasce da ideia de uma Igreja que pecou “por ter grandeza, poder e riqueza.” Então, a falsa solução: “se a Igreja é pecadora, ela precisaria ser convertida e reformada. Portanto, a Igreja seria pecadora não apenas no seu passado, mas na sua própria constituição. Isto significaria que ela deveria submeter-se a uma reforma constante – Ecclesia semper reformanda... ela passaria a ser caracterizada como mutável em sua doutrina, instável em suas instituições e transitória em suas ações.” (2)

Este erro está presente na afirmação do Papa Francisco de que a Igreja necessita constantemente de reformas.

Esconder a pedofilia: ‘Sempre a tentação da Igreja’

Outra ofensa que Francisco lançou contra a Igreja é a ideia de que esconder a pedofilia “sempre foi a tentação da Igreja.”

Juan

Juan relembra o abuso que sofreu nas mãos de um membro do Opus Dei; Francisco: ‘Ocultar abusos sexuais sempre foi uma tentação da Igreja’

Francis 4
Choroso e trêmulo, Juan descreve como foi abusado sexualmente por um membro do Opus Dei e como a justiça nunca foi feita ao agressor. Com ar frio e burocrático, o Papa Francisco afirmou que “vai investigar o caso,” e respondeu:

“E ainda há o hábito de o esconder. Essa sempre foi a tentação da Igreja desde sempre, isto é, até se dar conta que isso não deveria ser feito... Devemos considerar a Igreja no bom caminho, não estou dizendo que tudo o que está sendo feito vai resolver o problema porque é um problema humano, de degeneração humana, certo? problema social... começamos criando consciência social, isso é fundamental.”

Os outros jovens ficaram indignados com a frieza e a aparente indiferença do Papa, mas o que é chocante é que começam a discutir com ele como se eles e o Papa Francisco fossem iguais.

Victor Francis Lucia 2

Uma cena igualitária: Victor, em cima, e Lúcia, em baixo, discutem com o Papa Francisco

É um ataque à Igreja dizer que “sempre foi a tentação da Igreja esconder a pedofilia,” insinuando que este problema existe desde o nascimento da Igreja, e que a Igreja “sempre” procurou escondê-lo para debaixo do tapete.

O que Francisco convenientemente não menciona é que a explosão da pedofilia na Igreja que vemos hoje foi precedida e afirmada por uma abertura à homossexualidade nos anos 60 e 70, que foi principalmente um fenômeno pós-conciliar favorecido pela onda de tolerância causada pelo Vaticano II.

Faz todo o sentido que a disseminação do Progressismo abra as comportas às práticas sujas da homossexualidade e da pedofilia. Em nenhum momento da História da Igreja houve uma explosão tão generalizada deste vício, como evidenciado no suplemento da Coleção Vaticano II Vaticano II, Homossexualidade e Pedofilia.

Elogios aparentes ao Tinder, o aplicativo de fornicação casual

Celia, a lésbica não binária, explicou a Francisco como o aplicativo móvel Tinder é principalmente um lugar para fornicação: “Foi assim que conheci minha parceira. Eu carreguei como eu era e o que gostava, e então ela e eu nos conectamos, e foi assim que nos conhecemos.”

Khadim, que parecia justamente indignado, perguntou ao Papa: “O que você acha do que ela disse sobre o Tinder?”

O Papa deu uma resposta desajeitada: “Não sei, está tudo bem que as pessoas se encontrem. Normal.”

Tinder

Quando Celia perguntou sobre o Tinder, onde conheceu sua amante, acima, Francisco respondeu sorrindo: 'Está tudo bem, normal...'

Tinder
Khadim pressionou: “O que você acha desse aspecto dos jovens?” aparentemente referindo-se à fornicação.

O Papa Francisco fingiu responder inocentemente:

É interessante, os jovens têm vontade de se conhecerem e isso é muito bom…. O jovem, uma das riquezas que ele tem é aquele complexo de Cristóvão Colombo, ele vai descobrir, ir mais longe, arriscar, e isso é bom, porque relativiza os impasses ideológicos de uma sociedade, de um partido político, de setores da Igreja.”

Então, aqui temos o Papa dando uma bênção ambígua, mas aparente, de um aplicativo móvel que facilita a fornicação entre os jovens. O que é pior, esta “bênção” surge logo depois de Celia ter explicado que foi através deste meio que conheceu a sua amante lésbica, o que torna esta também uma “bênção” papal das relações homossexuais.

Compare esta bênção do namoro com o conselho de São João Vianney (seção II) aos noivos: “Em primeiro lugar, os jovens que se preocupam em merecer as graças do casamento que Deus prepara para aqueles que nele esperam santificar-se, não devem falar sozinhos, de dia ou de noite, sem a presença dos pais, e nunca se permitirem a menor familiaridade, nem a menor palavra indecente, sem as quais têm a certeza de afastar Deus do seu casamento. Pois, se Deus não estiver, será o Diabo que estará.”

Estas são algumas das piores declarações do Papa Francisco que encontrei no filme promovido pelo Vaticano, O Papa Responde.

  1. Tradução da Primeira Carta de Hernán Cortes ao Imperador Carlos V da Espanha, p. 80, descrevendo os povos do Yucatán e da Ilha de Cozumel e os sacrifícios humanos: “... Todos os dias, antes de começar qualquer trabalho, queimam incenso nos altares, e às vezes se sacrificam, uns cortando a língua e outros as orelhas, e outros esfaqueando seus corpos com facas, e todo o sangue que deles escorre eles oferecem a esses ídolos, jogando-o em todas as partes daquelas mesquitas [templos pagãos], e outras vezes jogando-o para o céu, e realizando muitas outras formas de cerimônias, para que não comecem nenhum trabalho sem primeiro fazer ali um sacrifício. E eles têm outra coisa horrível e abominável digna de ser punida, que até hoje não tínhamos visto em lugar nenhum, que é que toda vez que querem pedir algo aos seus ídolos, para que seu pedido seja mais aceito, eles levam muitas meninas e meninos e até homens e mulheres mais velhos, e na presença desses ídolos eles os abrem vivos pelo peito, e tiram seus corações e entranhas, e queimam as ditas entranhas e corações diante dos ídolos, oferecendo aqueles que fumegam como sacrifício. Alguns de nós já vimos isso, e aqueles que viram dizem que é a coisa mais terrível e assustadora que já viram. Esses índios fazem isso com tanta frequência que, como somos informados e em parte vimos por experiência própria no pouco tempo que estivemos nesta terra, não há um ano em que eles não matem e sacrifiquem cinquenta almas em cada mesquita [templo], e isto é usado e é habitual desde a ilha de Cozumel até esta terra onde estamos povoados [Yucatan]; e que Vossas Majestades tenham a certeza de que é bem verdade que, pela quantidade de terreno que nos parece grande, e pelas muitas mesquitas que possuem, não há um ano em que, naquilo que descobrimos e vimos tão até agora, três ou quatro mil almas não são mortas e sacrificadas desta forma.

    “Considerem, Vossas Majestades, se não devem evitar tão grandes males e danos, e tenham certeza de que Deus, Nosso Senhor, será servido se, pela mão de Vossas Majestades Reais, essas pessoas fossem apresentadas e instruídas em nossa santíssima Igreja Católica. A fé, e a devoção, fé e esperança que eles têm nesses ídolos seriam transferidas para o poder divino de Deus; Porque é verdade que se com tanta fé, fervor e diligência servissem a Deus, realizariam muitos milagres. Deve-se acreditar que não foi sem motivo que nosso Senhor Deus se agradou de ter essas partes descobertas em nome de Vossas Altezas Reais. Para que tão grande fruto e mérito de Deus pudessem ser alcançados [se por] Vossas Majestades, mandando informar, e sendo por vossas mãos levados à Fé, esse povo bárbaro que, pelo que aprendemos sobre eles, acreditamos que existem línguas e pessoas que os fariam compreender a verdade da Fé e o erro em que estão, muitos deles e mesmo todos se afastariam muito imediatamente daquela seita errônea que têm, e chegariam ao verdadeiro conhecimento, porque eles vivem de forma mais política e razoável do que qualquer uma das pessoas que foram vistas até hoje por aqui.”

  2. Ecclesia, p. 175.
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Postado em 28 de fevereiro de 2024

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