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JMJ 2023 – Parte I

Ecumenismo e Ecologia
no centro da Jornada Mundial da Juventude

Salwa Bachar
A Jornada Mundial da Juventude, o maior comício juvenil da Igreja Conciliar, terminou. Olhando para além da sua estranha arquitetura modernista, da sua sempre presente música de dança, dos costumes imorais e dos muitos abusos litúrgicos, qual foi a principal mensagem da Jornada Mundial da Juventude?

Ecumenismo e ecologia, dois pilares centrais

Parece que os dois “pilares” centrais da Jornada Mundial da Juventude 2023 foram o ecumenismo e a ecologia, segundo Dom Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa e Prelado responsável pela organização da JMJ 2023 em Lisboa.

Dom Américo Aguiar

Numa entrevista de 6 de julho de 2023 à RTP (Rádio e Televisão de Portugal), a emissora pública estatal e fonte de notícias do país, Dom Aguiar observou que a JMJ estava aberta a todos os jovens, não apenas aos católicos. Declarou neste vídeo (a partir do min. 18:00): “A Jornada Mundial da Juventude em Lisboa é precisamente um grito por esta fraternidade universal ... Esta é a mensagem principal deste encontro com Cristo vivo que o Papa quer propor aos jovens. ... Nós [na JMJ] não queremos converter os jovens a Cristo, nem à Igreja Católica. Absolutamente nada disso.” (1)

Este “grito de fraternidade” é exatamente o mesmo grito da Revolução Francesa, e das Forças Secretas. Não é de admirar que a Maçonaria tenha feito incursões constantes nesta nova Igreja Conciliar anticatólica. Alguns exemplos podem ser vistos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

'Nunca foi um evento de proselitismo'

O Prelado esclareceu ainda em declaração à ACI Digital em 11 de julho de 2023, que “a JMJ nunca foi, não é, nem deveria ser um evento de proselitismo, pelo contrário, é e deve ser sempre uma oportunidade para nos conhecermos e nos respeitarmos como irmãos.”


Acima, a JMJ incentiva os jovens a explorar as falsas religiões; abaixo, primeira página do Manual da Pegada de Carbono, cortesia de Pillar Catholic

Assim, diferente da Igreja Católica, que é “coluna e fundamento da Verdade,” voltada para a Verdade e “pregando o Evangelho a todas as criaturas” como Nosso Senhor nos ordenou, a Igreja Conciliar é uma instituição voltada para a difusão de uma fraternidade maçônica. Esta nova Igreja Conciliar diz aos jovens para não se converterem à Única Fé Verdadeira, mas para permanecerem nos seus erros, e ainda instrui que os católicos devem até aprender com estas pessoas que vivem no erro...

Pe. Peter Stilwell, o principal diretor do diálogo inter-religioso na JMJ-2023, confirmou isto, dizendo: “Estamos a tentar criar harmonia entre todos os povos de diferentes matizes e sensibilidades… numa escala gigante.”

Com declarações como estas, como pode alguém duvidar que a Igreja foi infiltrada pelo Progressismo? Como pode alguém chamar esta nova Igreja Conciliar de “Católica” quando ela nega frontalmente a Fé, em particular, o Primeiro Mandamento? Este ecumenismo da Igreja Conciliar está perfeitamente alinhado com a heresia americanista exposta pelo Mons. Henri Delassus e o objetivo das Forças Secretas de criar uma Religião Universal.

Incentivando visitas a templos de religiões falsas

Além do seu impulso ideológico em palavras, como é que a JMJ promoveu o ecumenismo na prática?

Num movimento sem precedentes nos 38 anos de história da JMJ, a JMJ-2023 de Lisboa incentivou e facilitou aos jovens a visitação aos templos locais das falsas religiões. Os “Caminhos/Rotas Espirituais” disponível em seu site ainda oferecia registro on-line para inscrições de visitação.

Entre os locais propostos (em “Diálogo Inter-Religioso”) estavam uma sinagoga, uma mesquita e um templo Hare Krishna; recursos e contatos para centros locais de budismo, bahá'í e hinduísmo também foram fornecidos. Várias seitas protestantes também foram fornecidas sob a “Unidade Cristã,” entre elas, Metodista, Presbiteriana, Evangélica, Anglicana e até mesmo as chamadas “Ortodoxas.”

Aqui temos a Igreja Conciliar, encorajando os jovens a entrar nos templos infestados do diabo das falsas religiões, cuja entrada outrora era considerada um pecado mortal – isto é, antes do Vaticano II.

Ecologia Integral

Na mesma entrevista à RTP, Dom Aguiar falou do compromisso da JMJ com a “sustentabilidade” e a ecologia. Ele explicou que uma das formas da JMJ de combater a injustiça ecológica era descontinuar os livretos impressos e, em vez disso, oferecer todos os materiais da JMJ digitalmente através de seu aplicativo.

A JMJ também implementou sua agenda verde através de sua ridícula calculadora de pegada de carbono, no aplicativo, que ofereceu aos jovens maneiras de fazer “penitência” pelos “pecados” contra a ecologia. A fonte de notícias portuguesa Expresso 50, que teve acesso ao Manual da Pegada de Carbono da JMJ, que de outra forma só estava disponível para os peregrinos através do aplicativo, deu detalhes:

Uma nova eco-igreja miserabilista;
acima, feios 'confessionários' de madeira

O Expresso SER teve acesso ao Manual da Pegada de Carbono, do evento, onde se lê que, por exemplo, “uma viagem de ida e volta de avião de Atenas a Lisboa gera 1746 kg de CO2.” Esta pegada de carbono corresponde a:
  • 55 anos de banhos diários;

  • 1/2 ano de dieta onívora;

  • 20 iPhones 12 Pro Max.
Para anular esta pegada, numa lógica compensatória, a organização recomenda aos peregrinos que devem, logo após o evento, fazer o seguinte:
  1. Fazer o trajeto casa-trabalho de trem em vez de carro particular durante dois anos, num percurso de 10 km;

  2. Responder ao desafio de ser vegetariano durante um ano;

  3. Apoiar programas de conservação de árvores durante um ano, correspondendo a 65 árvores.
Após este relatório, os organizadores da JMJ rapidamente fizeram uma declaração à revista online Agricultura e Mar, negando a alegação de que estão encorajando os jovens a serem vegetarianos ou a realizarem outras “penitências” ecológicas.

É claro que a JMJ não queria ensinar aos jovens a fé católica, mas encorajou-os a explorar as falsas religiões e a adoptar um estilo de vida “verde.” Assim surge a pergunta: o que exatamente a JMJ ensinou aos jovens? Pretendo apresentar um Catecismo da JMJ-2023 em outro artigo.

Continua

  1. As suas declarações completas, traduzidas pelo secretariado da TIA:

    18:00 – “A Jornada Mundial da Juventude em Lisboa é também precisamente um grito por esta fraternidade universal... A JMJ tem de ser uma escola pedagógica de afinidade e alegria em reconhecer aqueles que são diferentes. A pessoa diferente deve ser considerada uma riqueza... A JMJ não é só para católicos. Os Papas nunca fizeram um convite [apenas] aos jovens católicos, sempre fizeram um convite aos jovens de todo o mundo... Esta diversidade é uma riqueza.”

    19:25 – “No final, temos que dar as mãos uns aos outros e dizer uns aos outros: 'Penso diferente, sinto diferente, organizo minha vida de uma maneira diferente, mas somos irmãos e caminharemos em frente juntos para construir o futuro.' Esta é a mensagem principal deste encontro [JMJ] com Cristo vivo que o Papa quer propor aos jovens.

    Nós [da JMJ] não queremos converter os jovens a Cristo, nem à Igreja Católica, absolutamente nada disso. Achamos que é normal que o jovem cristão católico fale e dê testemunho do que é, que o jovem muçulmano, judeu ou de outra religião também não tenha problemas em dizer o que é, e em dar o seu testemunho, que um jovem que não confessa nenhuma religião deve sentir-se [em casa] e não um estranho porque é deste ou daquele jeito, e que todos nós compreendamos que as diferenças são uma riqueza. O mundo será objetivamente melhor se pudéssemos colocar no coração de todos os jovens este sentido de Fratelli tutti, de todos sermos irmãos, que o Papa Francisco fez um enorme esforço para infundir nos corações de todos - nos nossos corações e nos de todos.”
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Postado em 22 de novembro de 2023

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