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Verdades Esquecidas
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O Concílio submete sua autoridade
a do Papa, não vice-versa

Os Papas conciliares erigiram o Vaticano II como um super-dogma ao qual todos os Papas deveriam obedecer. O Papa Francisco continuou no mesmo caminho, agindo como se o Concílio fosse superior aos Papas. É outra consequência errônea da doutrina da colegialidade, tal como é entendida pelo Progressismo, à qual todos os Papas recentes prestaram homenagem.

Esta posição está fundamentalmente errada, uma vez que os concílios não são superiores ao Papa nem são a fonte da autoridade do Papa. Eugênio IV condenou esse desenvolvimento moderno da colegialidade quando anatematizou os erros dos padres do Concílio de Basiléia. De fato, em uma carta aos Príncipes Católicos em 1436, o Pontífice afirmou:



Papa Eugênio IV

Eles [os padres de Basiléia] também reformularam dois decretos do anterior Concílio de Constança, estendendo-os a circunstâncias e limites além das intenções dos membros daquela assembleia, com grande perigo para a monarquia eclesiástica e prejuízo para a Santa Sé Apostólica.

Eles alegaram que os Concílios gerais não retiram sua força e poder da Igreja Romana depois, que tais Concílios são convocados pela autoridade apostólica - como todos os Doutores Católicos professam e ensinam. Assim, negam que os Concílios Gerais recebam sua autoridade e fundamento do Vigário de Cristo, coisa que nenhum fiel ou Doutores da Igreja jamais ousou fazer.

Daí também inferem expressamente e antes de mais nada a afirmação de que o Romano Pontífice, como qualquer Prelado, é obrigado a obedecer aos decretos, portarias e mandatos do Concílio e deve sujeitar-se a uma punição merecida caso faça o contrário, algo equivalente a aniquilar totalmente o poder do Sumo Pontífice e Vigário de Cristo na terra, e colocação nas mãos das multidões a suprema autoridade que Cristo deu a ele, que não só é errônea, mas totalmente estranho para toda a doutrina dos Santos Padres.

Continua

(Eugênio IV, Carta aos Príncipes Católicos em 1436,
em Raynaldi, ano 1436, vol. 28, n. 3, apud A. Baudrillart, entrada “Bâle, Concile de,”
Dictionnaire de Théologie Catholique, vol. 2, col. 127)

Postado em 26 de fevereiro de 2022