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NOTÍCIAS: 9 de setembro de 2020 (publicada em inglês a 31 de janeiro de 2020)
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Panorama de Notícias

Atila Sinke Guimarães
ESQUECENDO OS MÁRTIRES DA NIGÉRIA - Embora o Papa Francisco não tenha perdido uma única oportunidade de expressar sua dor por todos os imigrantes Muçulmanos que morreram no Mar Mediterrâneo tentando chegar ao sul da Itália, ele ficou completamente alheio aos milhares de Católicos assassinados na Nigéria.

Recentemente, na Diocese de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, mais de 5.000 Católicos foram mortos, 100.000 foram deslocados e 350 igrejas foram queimadas ou vandalizadas pelos ataques do grupo terrorista Islâmico Boko Haram.

Bishop  Oliver Dashe

Bispo Nigeriano Oliver Dashe nos restos de uma igreja Católica em Bahuli, alvo do Boko Haram

Um relatório dessa diocese afirma que 22 dos 40 centros paroquiais foram abandonados e ocupados por terroristas; 32 das 40 escolas primárias fecharam e quatro dos cinco conventos diocesanos foram fechados. Entre a população, há 7.000 viúvas e 10.000 órfãos como resultado dos recentes ataques, afirma o Observador Católico Escocês. (11 de Maio, 2019, edição on-line)

Pe. Francis Arinze, diretor de comunicação da Diocese de Maiduguri, afirmou que Martha Bulus, a noiva e seu noivo, foram decapitados em 26 de dezembro de 2019, quando viajavam para outra cidade para a cerimônia de casamento em 31 de dezembro. Dez homens também foram decapitados naquela ocasião no dia seguinte ao Natal.

O Estado Islâmico - ISIS - assumiu a responsabilidade pelo crime e disse que era uma retaliação pelo assassinato de seu líder Abu Bakr al-Baghdadi. (Cf. Crux, 31 de dezembro de 2019, edição on-line)

Papa Francisco não têve uma palavra a dizer sobre estes mártires Nigerianos. Quando a notícia deste crime chegou ao Vaticano, o Papa Francisco estava preocupado em alertar os Católicos a não usarem seus celulares durante as refeições... Mas ele nada disse sobre os mártires Católicos Nigerianos.

Em setembro passado, o Papa também inaugurou um enorme monumento em homenagem aos imigrantes na Praça de São Pedro. No entanto, durante todo esse tempo ele não disse uma palavra sobre os Católicos assassinados na Nigéria.

Cross with life jacket

Francisco sensível em relação aos Muçulmanos naufragados; mas silencioso sobre Católicos massacrados

Pouco antes desse assassinato coletivo, ele fez um apelo dramático a favor dos imigrantes Muçulmanos naufragados no mar Mediterrâneo. De fato, ele pendurou uma cruz cercada por um colete salva-vidas em memória de imigrantes que perderam suas vidas lá. O colete salva-vidas pertencia a um homem que morreu no mar. (Cf. Instituto Gatestone, 5 de janeiro de 2020, edição on-line)

TEssa Cruz foi pendurada em uma entrada do Palácio Apostólico, onde diplomatas e chefes de Estado chegam para audiências com o Papa.

Naquela ocasião, Francisco afirmou: “Decidi expor aqui este colete salva-vidas 'crucificado' nesta Cruz, para lembrar que devemos manter os olhos abertos, o coração aberto, para lembrar a todos o compromisso absoluto de salvar todos os seres humanos. É um dever moral que une crentes e não crentes.”(Catholic Herald, 20 de dezembro de 2019, edição on-line)

Então, o Papa Bergoglio repreendeu a indiferença e a preguiça do Ocidente em relação à situação dos imigrantes que precisam enfrentar “um mar tempestuoso para fugir de morrer lentamente nos campos de detenção da Líbia.” Ele acrescentou: "A preguiça é um pecado.” (Ibidem)

Eu concordo positivamente que preguiça e indiferença às vezes podem ser pecados. O que é difícil para mim entender é o seguinte: Por que Francisco não vê que está cometendo um pecado maior, que é calar os mártires Católicos da Nigéria? A este pecado deve ser acrescentada a grave injustiça de abandonar suas viúvas e órfãos, um pecado que pode ser incluído entre os que clamam ao Céu por justiça.

O Papa concluiu seu discurso sobre os imigrantes Muçulmanos com estas palavras: "Precisamos ajudar e salvar, porque somos todos responsáveis pela vida de nosso próximo, e o Senhor nos pedirá uma conta no momento do julgamento.” (Ibidem)

Mais uma vez, eu concordo. Isto é verdade; a parábola do Bom Samaritano nos ensina a cuidar da vida de nosso próximo, mesmo quando ele não professa a verdadeira Religião. Mas, o que o Papa Francisco vai responder no Julgamento Divino quando Deus lhe perguntar o que ele fez para proteger os mártires Nigerianos?

CONGELANDO O AQUECIMENTO GLOBAL - A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conhecida como COP-25, ocorreu em Madri, de 2 a 13 de dezembro. Sua realização foi planejada inicialmente no Brasil para avançar o Corredor AAA, mas o Presidente Bolsonaro alegou razões econômicas para recusar a hospedagem do evento. O Presidente Piñera do Chile, ofereceu para realizar a Conferência em Santiago, mas as manifestações que eclodiram em seu país obrigaram a transferí-la para Madri.

Como em quase todas essas conferências, o objetivo é alimentar a farsa do aquecimento global, atacar a indústria de combustíveis fósseis, promover a luta de classes dos índios contra os homens brancos, com base na “invasão das propriedades dos índios” e dos pobres contra os ricos alegando o "direito à água." Todas essas bandeiras são destinadas a promover o Tribalismo.

Contrariamente às expectativas, no entanto, em Madri, os ambientalistas encontraram a oposição direta dos Estados Unidos e do Brasil, o que os impediu de adotarem as medidas dramáticas que haviam planejado.

Antonio Guterres at the COP 25

Guterres não escondeu sua decepção
com os resultados da COP 25

As palavras do Secretário-Geral da ONU, Antônio Guterres, em 15 de dezembro, expressaram bem os resultados finais da reunião: “Estou decepcionado com os resultados da COP 25. A comunidade internacional perdeu uma importante oportunidade de mostrar maior ambição nos campos da mitigação, adaptação e financiamento para enfrentar a crise climática.” (National Catholic Reporter, 10-25 de janeiro de 2020, p. 12)

COP é uma sigla que significa Conferência das Partes. Essas conferências anuais começaram em Bonn em 1995. Seu fim é implementar a agenda de mudanças climáticas. A ONU estabelece os objetivos, chamados ambições; os países relatam em cada COP o que fizeram ou farão para alcançar essas ambições. O último em Madri foi a COP 25.

O Vaticano enviou uma delegação de 60 membros para a COP 25. Em 2019, houve várias datas ecológicas "simbólicas" a serem comemoradas naquela reunião: os quintos aniversários do Acordo de Paris, do documento Papal Laudato Sí e a 50ª celebração do Dia da Terra.

Durante as reuniões da COP 25, o Papa Francisco enviou duas mensagens incentivando seus líderes a encontrarem "uma vontade política clara, perspicaz e forte" para reorientar as finanças globais para proteger o meio ambiente." Mais tarde, em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2020, ele pediu ao mundo "uma conversão ecológica.” (Ibidem)

Foi com um travo amargo na boca que o L’Osservatore Romano relatou o fracasso da COP 25:

“Decepção é o sentimento que paira após o encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, a mais longa da história, onde 200 países se reuniram em Madri. Apesar de uma extensão de dois dias, a COP 25 não conseguiu responder inteiramente às questões cruciais relacionadas à emergência climática. Muitas pessoas consideraram isto um fracasso. Portanto, as ambições introduzidas no início foram adiadas para as conferências de Bonn e Glasgow, a serem realizadas em 2020.” (L’Osservatore Romano, 16 de dezembro de 2019 edição online Italiana)

Assim, vemos que um saudável vento gélido congelou a agenda revolucionária do aquecimento global…