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O Santo do Dia

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São Casimiro - 4 de Março

Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

Nota Biográfica:

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Casimiro IV, pai do Santo
São Casimiro, príncipe da Polônia, nasceu no palácio real de Cracóvia em 3 de outubro de 1458.

Quando o Rei foi à Lituânia para acertar os negócios de lá, Casimiro foi colocado no comando da Polônia e de 1481 a 1483 administrou o Estado com grande prudência e justiça.

Nessa época, seu pai tentou arranjar um casamento para ele com a filha de Frederico III, mas Casimiro preferiu permanecer solteiro. Pouco depois ele adoeceu e morreu na corte de Grodno em 3 de março de 1484. Ele é o santo padroeiro da Polônia e da Lituânia.

Comentários do Prof. Plinio:

Gostaria de enfatizar que São Casimiro viveu na corte real de seus pais, Casimiro IV o Grande e a Rainha Isabel de Habsburgo, para salientar que viveu sua vida na corte e ali se tornou santo.

Às vezes, por causa de certa visão errônea da santidade, somos levados a pensar que apenas pessoas na vida religiosa - padres, monges e freiras - podem se tornar santos. De acordo com essa mentalidade, é tão raro um leigo se tornar santo que aquele que o faz deveria ser considerado uma exceção à regra, uma espécie de milagre. No entanto, um santo leigo não é uma exceção à regra; é a realização normal dos planos da Divina Providência para os leigos.

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São Casimiro viveu sua vida na corte e ali se tornou um santo

O fato de São Casimiro ter se tornado santo vivendo numa corte real mostra que a corte era um lugar onde se podia viver e ser santo. Nesse sentido, constitui uma espécie de elogio ao ambiente em que viveu. Este fato refuta a propaganda revolucionária que diz que as cortes eram necessariamente corruptas.

Frequentemente, como podemos verificar em nosso calendário, havia santos que eram reis e rainhas, santos que eram príncipes e princesas e santos que eram nobres. Muitas vezes a santidade perfumava as cortes. Portanto, essas cortes, em vez de ser sedes de corrupção e perdição moral, eram amiúde locais onde a santidade florescia, e não só florescia, mas exercia considerável influência.

Nesse sentido, o ambiente das cortes de muitas maneiras concretizou o ideal da civilização cristã. O que deveria ser uma corte ideal numa civilização cristã? O rei é uma imagem terrestre de Deus e sua corte deve ser uma imagem da corte celestial. Em uma corte católica ideal, o rei santo estaria rodeado por cortesãos que deveriam ser imagens dos anjos e santos diante de Deus três vezes santo. Ora, o fato de este ideal ter sido parcialmente concretizado em determinados momentos da História é algo que nos deve encher de alegria. Esses exemplos mostram que as cortes católicas eram boas, e também demonstram como a propaganda revolucionária mente quando fala sobre as cortes.

Alguém poderia objetar e dizer que em mil anos de História, qualquer pessoa pode encontrar qualquer coisa para provar uma tese. Portanto, só porque muitos santos podem ser encontrados nas cortes, isso não prova o que eu disse. Passo a responder essa objeção.

Primeiro, o argumento não é verdadeiro. Se fosse verdade, teríamos um número proporcional de santos nos governos e casas representativas do sistema republicano liberal. Este sistema foi estabelecido em quase todos os lugares desde as Revoluções americana e francesa - por mais de 200 anos. Não encontramos santos, porém, florescendo nesses ambientes políticos, mas muito pelo contrário.

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O castelo real de Cracóvia construído pelo Rei Casimiro IV
Em segundo lugar, de acordo com as leis da História, normalmente a grande virtude ou o grande vício não aparecem isolados. Parece, para usar uma metáfora, como o pico de uma montanha em toda uma cadeia de montanhas. Isso significa que se os senhores têm um santo em um lugar, ao seu redor, normalmente haverá um número considerável de pessoas católicas, embora não sejam santos, um número maior de pessoas justas e uma multidão de pessoas boas.

A santidade é o fruto maior de todo um grupo social que aspira a seguir Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, ao mostrar que muitos santos existiram nas cortes católicas do passado, demonstramos que esses ambientes eram compatíveis com a santidade e bons em muitos níveis. Portanto, os santos que viviam nessas cortes não eram apenas casos excepcionais, mas reflexos do todo.

Acho que São Casimiro está satisfeito por estarmos nos lembrando desses pontos sobre ele. Espero e rezo para que de seu trono celestial ele nos proteja em nossa luta contrarrevolucionária.


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Prof. Plinio Corrêa de Oliveira
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.

Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.



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