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O Santo do Dia
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São Vitor de Marselha - 21 de Julho

Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

Seleção Biográfica:

Vítor, um oficial católico do exército romano conhecido por sua nobre linhagem, valor militar e inteligência, serviu na guarnição de Marselha por volta do ano 290. Ele desenvolveu um forte apostolado com seus companheiros de armas e o povo da cidade, estimulando todos a enfrentar corajosamente a perseguição daqueles tempos.

A seal featuring St. Victor defeating a dragon in battle

Selo da Abadia de São Vitor em Marselha em homenagem a seu patrono lutando contra a idolatria

Sua atividade foi descoberta pelos inimigos da Fé e Vítor foi denunciado ao Imperador. Levado diante de dois prefeitos da cidade que, por sua distinção, o enviaram ao próprio Imperador.

O tirano impôs-lhe tormentos cruéis na tentativa de fazê-lo negar a Fé católica. Todas essas torturas foram inúteis porque Vítor permaneceu fiel.

Depois de torturado, ele foi jogado em uma prisão e lá converteu os três soldados que o guardavam. Quando o Imperador ouviu isso, ele ordenou que Vítor fosse levado a um templo pagão para queimar incenso ao falso ídolo Júpiter. Vítor foi até o altar e derrubou a estátua com um pontapé.

Indignado, o Imperador ordena que o pé de Vítor seja cortado e então seu corpo seja esmagado por uma pedra de moinho. Quando o moinho quebrou, ele ordenou que Vítor fosse decapitado. Na caverna onde seus restos mortais foram conservados, muitos milagres ocorreram.

Suas relíquias foram mantidas por séculos na Abadia de São Vítor, em Marselha. A Revolução Francesa tentou destruí-las, mas elas foram preservadas e hoje estão na Igreja de Saint Nicolas de Chardonnet, em Paris.

Comentários do Prof. Plinio:

Seria muito interessante se alguém tivesse tempo para estudar o alcance da influência católica no exército romano. A coragem do exército romano era lendária e, sob muitos títulos, o legionário romano era o símbolo da coragem na imaginação popular. A história fornece amplo suporte para essa ideia.

De modo geral, sabemos que a Fé católica penetrou profundamente no exército romano, porque muitos de seus membros morreram mártires. Por isso, vemos que desde o início da Igreja Católica, a vida e o espírito militar estavam aliados ao espírito e à santidade católica.

Além disso, vemos que a coragem exigida de um legionário serviu como uma espécie de preparação para ele aceitar a Religião Católica, a fonte de todo bem e tudo digno de louvor em todo o mundo.

Assim como a Igreja adotou o Direito Romano, elevou-o, purificou seus muitos defeitos e o tornou a base do Direito Canônico, da mesma forma que a Religião Católica penetrou amplamente no Patriciado Romano, cujas famílias nobres foram preparadas pelo espírito patriarcal para receber a Igreja Católica.

Assim, podemos perguntar com justiça se essa influência católica também penetrou nas legiões romanas. O martírio de São Vítor nos permite levantar essa possibilidade.

A Roman painting of Emperor Maximiam burning incense to Jupiter

Imperador Maximiliano queima incenso a Júpiter

A cena de seu martírio não poderia ser mais bonita. Ele foi levado diante de um ídolo e recebeu ordem de queimar incenso diante dele.

Ele o chutou com força e o jogou no chão. Foi um ato de coragem magnífica, de extraordinário destemor. É um símbolo de coragem católica e agressividade.

Devemos imitar essas atitudes? Sim, em certo sentido. Não estamos em condições de imitar a agressão física, mas podemos imitar a atitude moral de São Vítor.

Muitas vezes temos de enfrentar os ídolos do mundo moderno que quase todo mundo adora. Também somos convidados a adorá-los, a fim de nos encaixar no mundo. Muitas vezes, temos a oportunidade de destruir esses ídolos, dando-lhes um forte chute, por assim dizer.

Deveríamos fazer isso em vez de inclinar a cabeça e tremer diante de tais ídolos. Deveríamos chutar corajosamente esses ídolos no chão. Muitas vezes fizemos exatamente isso pela graça de Nossa Senhora. Deveríamos continuar fazendo, e agora por um motivo adicional, seguir o exemplo de São Vítor.

O defeito oposto dessa coragem é o respeito humano, a vergonha de defender os princípios católicos, a falta de coragem de se opor às opiniões e modas revolucionárias que são aceitas pela população em geral como as únicas verdadeiras, as únicas com o direito de cidadania.

Deveríamos manter esta norma de ação, ou seja, sempre que estamos diante da arrogante impiedade do neopaganismo em qualquer uma de suas formas, nossa altivez católica deve se opor à sua arrogância. Deveríamos fazê-lo de uma maneira que nossa altivez triunfasse sobre a arrogância revolucionária.

Não devemos ter medo, por exemplo, de nos opor à Revolução Francesa, a seus mitos e símbolos. Deveríamos falar corajosamente contra ela, exatamente como São Vítor se levantou contra o falso deus e o derrubou com um pontapé.

Vamos pedir que ele obtenha essa preciosa graça para nós.


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Prof. Plinio Corrêa de Oliveira
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.

Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.



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