Segue abaixo um link para um site informativo,
Eternamente Católico, que descreve as diretrizes para a obtenção de indulgências pelas almas do Purgatório durante o mês de novembro.
Trechos estão abaixo, mas recomendo a leitura do artigo completo.
F.R.
Novembro e as Santas Almas do Purgatório:
Um Guia para o Ensino e a Prática Católica
A Igreja Católica dedica o mês de novembro aos fiéis falecidos no Purgatório, oferecendo extraordinárias oportunidades espirituais para que os vivos auxiliem aqueles que ainda passam pelo processo final de purificação. Durante os primeiros oito dias de novembro, os católicos podem obter uma indulgência plenária diária — potencialmente removendo toda a pena temporal de uma alma e acelerando sua entrada no Céu.
Essa prática se baseia na antiga doutrina da Comunhão dos Santos, onde a Igreja Militante (fiéis na terra), a Igreja Sofredora (almas no Purgatório) e a Igreja Triunfante (Santos no Céu) permanecem espiritualmente unidas pelo Corpo Místico de Cristo.
A Igreja não ensina que as almas são automaticamente libertadas durante novembro, mas sim que este mês oferece meios excepcionais, por meio de indulgências, orações e do Santo Sacrifício da Missa, para acelerar sua purificação e entrada na glória eterna.
O Catecismo da Igreja Católica ensina de forma definitiva que “todos os que morrem na graça e amizade de Deus, mas ainda imperfeitamente purificados, têm a certeza da sua salvação eterna; mas, após a morte, passam por uma purificação, para alcançarem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu” (CIC 1030; Catecismo da Igreja Católica, 1994). Esta doutrina, formalmente definida nos Concílios de Florença e Trento, representa um dogma da fé católica — não uma crença opcional, mas um ensinamento obrigatório para todos os católicos.
O Concílio de Trento declarou em 1563 que “existe um Purgatório e que as almas ali detidas são auxiliadas pelos atos de intercessão dos fiéis, e especialmente pelo sacrifício aceitável do altar” (Concílio de Trento, 1563/1978). Esta declaração foi a resposta definitiva da Igreja aos reformadores protestantes que haviam rejeitado completamente a doutrina. O Purgatório é totalmente diferente do Inferno — aqueles que estão no Purgatório são salvos e têm a certeza de alcançar o Céu, enquanto aqueles que estão no Inferno rejeitaram definitivamente a Deus. O Purgatório é corretivo e temporário; o Inferno é punitivo e eterno.
Condições rigorosas para indulgências plenárias
Para obter uma indulgência plenária, quatro condições devem ser integralmente cumpridas. Se alguma condição não for plenamente atendida, a indulgência torna-se automaticamente parcial, em vez de plenária (EWTN, s.d.). A importância é grande, pois uma indulgência plenária pode potencialmente libertar uma alma completamente do Purgatório.
A primeira condição exige a Confissão sacramental. Os fiéis devem receber o Sacramento da Penitência aproximadamente 20 dias antes ou depois de realizar a obra indulgenciada. Este período de 20 dias foi esclarecido pela Penitenciaria Apostólica em 2005 e aplica-se perpetuamente. É importante ressaltar que uma única confissão é suficiente para obter múltiplas indulgências plenárias durante esse período, permitindo que aqueles que se confessam regularmente possam obter uma indulgência plenária diariamente.
A segunda condição exige a Comunhão Eucarística. Ao contrário da Confissão, é necessária uma Comunhão separada para cada indulgência plenária solicitada (EWTN, s.d.). É preferível receber a Comunhão durante a participação na Santa Missa, mas apenas a recepção da Comunhão em si é estritamente necessária para a indulgência. O momento da Comunhão permanece flexível dentro do mesmo período de 20 dias antes ou depois da obra indulgenciada.
A terceira condição envolve a oração pelas intenções do Papa. Uma oração separada deve ser oferecida para cada indulgência plenária (EWTN, s.d.). A Igreja sugere um Pai Nosso e uma Ave Maria como mínimo, mas os fiéis podem escolher quaisquer orações de acordo com sua devoção pessoal. Essas orações devem ser oferecidas em um período de aproximadamente 20 dias antes ou depois da obra indulgenciada.
A quarta e mais desafiadora condição exige o completo desapego de todo pecado, inclusive o pecado venial (EWTN, s.d.). Isso não significa que a pessoa deva estar sem pecado ou nunca mais pecar — tal perfeição é impossível nesta vida. Significa, na verdade, que a pessoa deve estar indisposta a permanecer apegada a qualquer pecado. Não pode haver pecado — nem mesmo a menor transgressão venial — que a pessoa se recuse a renunciar. Essa disposição interior representa uma genuína conversão de coração. Pode-se lutar contra pecados habituais e ainda assim possuir esse desapego, se estiver verdadeiramente disposto a abandoná-los.
Se essa disposição estiver incompleta de alguma forma, a indulgência torna-se parcial em vez de plenária.
Além disso, os fiéis devem estar em estado de graça — livres de pecados mortais não confessados — pelo menos até a conclusão da obra indulgenciada. Normalmente, só se pode obter uma indulgência plenária por dia, embora haja uma exceção para a indulgência plenária no momento da morte, que pode ser obtida mesmo que outra já tenha sido concedida naquele dia.
Oportunidades de Indulgência para as Santas Almas em Novembro
A Igreja Católica oferece duas indulgências plenárias distintas especificamente para as Santas Almas no início de novembro, ambas aplicáveis apenas às almas do Purgatório e não aos vivos.
A indulgência para visitar cemitérios é válida de 1 a 8 de novembro, permitindo aos fiéis obter uma indulgência plenária por dia durante esta oitava. Os requisitos incluem visitar um cemitério com devoção, rezar pelos falecidos, mesmo que apenas mentalmente, e cumprir as quatro condições padrão.
Fora deste período de 1 a 8 de novembro, as visitas a cemitérios conferem apenas uma indulgência parcial.
A indulgência para visitar igrejas ocorre em 2 de novembro (ou em um domingo anterior ou posterior, a critério do Bispo, ou em 1 de novembro). Os fiéis devem visitar uma igreja ou oratório com devoção e recitar um Pai-Nosso e o Credo, além de cumprir as quatro condições padrão.
Durante todo o mês de novembro, indulgências parciais adicionais permanecem disponíveis para a recitação devota das Laudes ou Vésperas do Ofício dos Mortos e para a tradicional oração do Descanso Eterno: “Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, e que a luz perpétua os ilumine. Que as almas de todos os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz.”
Veja o artigo completo no site Eternally Catholic para mais informações: EternallyCatholic.com/november-and-the-holy-souls-in-purgatory-a-comprehensive-guide-to-catholic-teaching-and-practice
Que muitas almas sejam libertadas do Purgatório por seus esforços e orações!
Postado em 11 de novembro de 2025
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Segue abaixo um link para um site informativo, Eternamente Católico, que descreve as diretrizes para a obtenção de indulgências pelas almas do Purgatório durante o mês de novembro.
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F.R.
Um Guia para o Ensino e a Prática Católica
A Igreja Católica dedica o mês de novembro aos fiéis falecidos no Purgatório, oferecendo extraordinárias oportunidades espirituais para que os vivos auxiliem aqueles que ainda passam pelo processo final de purificação. Durante os primeiros oito dias de novembro, os católicos podem obter uma indulgência plenária diária — potencialmente removendo toda a pena temporal de uma alma e acelerando sua entrada no Céu.
Essa prática se baseia na antiga doutrina da Comunhão dos Santos, onde a Igreja Militante (fiéis na terra), a Igreja Sofredora (almas no Purgatório) e a Igreja Triunfante (Santos no Céu) permanecem espiritualmente unidas pelo Corpo Místico de Cristo.
A Igreja não ensina que as almas são automaticamente libertadas durante novembro, mas sim que este mês oferece meios excepcionais, por meio de indulgências, orações e do Santo Sacrifício da Missa, para acelerar sua purificação e entrada na glória eterna.
O Catecismo da Igreja Católica ensina de forma definitiva que “todos os que morrem na graça e amizade de Deus, mas ainda imperfeitamente purificados, têm a certeza da sua salvação eterna; mas, após a morte, passam por uma purificação, para alcançarem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu” (CIC 1030; Catecismo da Igreja Católica, 1994). Esta doutrina, formalmente definida nos Concílios de Florença e Trento, representa um dogma da fé católica — não uma crença opcional, mas um ensinamento obrigatório para todos os católicos.
O Concílio de Trento declarou em 1563 que “existe um Purgatório e que as almas ali detidas são auxiliadas pelos atos de intercessão dos fiéis, e especialmente pelo sacrifício aceitável do altar” (Concílio de Trento, 1563/1978). Esta declaração foi a resposta definitiva da Igreja aos reformadores protestantes que haviam rejeitado completamente a doutrina. O Purgatório é totalmente diferente do Inferno — aqueles que estão no Purgatório são salvos e têm a certeza de alcançar o Céu, enquanto aqueles que estão no Inferno rejeitaram definitivamente a Deus. O Purgatório é corretivo e temporário; o Inferno é punitivo e eterno.
Condições rigorosas para indulgências plenárias
Para obter uma indulgência plenária, quatro condições devem ser integralmente cumpridas. Se alguma condição não for plenamente atendida, a indulgência torna-se automaticamente parcial, em vez de plenária (EWTN, s.d.). A importância é grande, pois uma indulgência plenária pode potencialmente libertar uma alma completamente do Purgatório.
A primeira condição exige a Confissão sacramental. Os fiéis devem receber o Sacramento da Penitência aproximadamente 20 dias antes ou depois de realizar a obra indulgenciada. Este período de 20 dias foi esclarecido pela Penitenciaria Apostólica em 2005 e aplica-se perpetuamente. É importante ressaltar que uma única confissão é suficiente para obter múltiplas indulgências plenárias durante esse período, permitindo que aqueles que se confessam regularmente possam obter uma indulgência plenária diariamente.
A segunda condição exige a Comunhão Eucarística. Ao contrário da Confissão, é necessária uma Comunhão separada para cada indulgência plenária solicitada (EWTN, s.d.). É preferível receber a Comunhão durante a participação na Santa Missa, mas apenas a recepção da Comunhão em si é estritamente necessária para a indulgência. O momento da Comunhão permanece flexível dentro do mesmo período de 20 dias antes ou depois da obra indulgenciada.
A terceira condição envolve a oração pelas intenções do Papa. Uma oração separada deve ser oferecida para cada indulgência plenária (EWTN, s.d.). A Igreja sugere um Pai Nosso e uma Ave Maria como mínimo, mas os fiéis podem escolher quaisquer orações de acordo com sua devoção pessoal. Essas orações devem ser oferecidas em um período de aproximadamente 20 dias antes ou depois da obra indulgenciada.
A quarta e mais desafiadora condição exige o completo desapego de todo pecado, inclusive o pecado venial (EWTN, s.d.). Isso não significa que a pessoa deva estar sem pecado ou nunca mais pecar — tal perfeição é impossível nesta vida. Significa, na verdade, que a pessoa deve estar indisposta a permanecer apegada a qualquer pecado. Não pode haver pecado — nem mesmo a menor transgressão venial — que a pessoa se recuse a renunciar. Essa disposição interior representa uma genuína conversão de coração. Pode-se lutar contra pecados habituais e ainda assim possuir esse desapego, se estiver verdadeiramente disposto a abandoná-los.
Se essa disposição estiver incompleta de alguma forma, a indulgência torna-se parcial em vez de plenária.
Além disso, os fiéis devem estar em estado de graça — livres de pecados mortais não confessados — pelo menos até a conclusão da obra indulgenciada. Normalmente, só se pode obter uma indulgência plenária por dia, embora haja uma exceção para a indulgência plenária no momento da morte, que pode ser obtida mesmo que outra já tenha sido concedida naquele dia.
Oportunidades de Indulgência para as Santas Almas em Novembro
A Igreja Católica oferece duas indulgências plenárias distintas especificamente para as Santas Almas no início de novembro, ambas aplicáveis apenas às almas do Purgatório e não aos vivos.
A indulgência para visitar cemitérios é válida de 1 a 8 de novembro, permitindo aos fiéis obter uma indulgência plenária por dia durante esta oitava. Os requisitos incluem visitar um cemitério com devoção, rezar pelos falecidos, mesmo que apenas mentalmente, e cumprir as quatro condições padrão.
Fora deste período de 1 a 8 de novembro, as visitas a cemitérios conferem apenas uma indulgência parcial.
A indulgência para visitar igrejas ocorre em 2 de novembro (ou em um domingo anterior ou posterior, a critério do Bispo, ou em 1 de novembro). Os fiéis devem visitar uma igreja ou oratório com devoção e recitar um Pai-Nosso e o Credo, além de cumprir as quatro condições padrão.
Durante todo o mês de novembro, indulgências parciais adicionais permanecem disponíveis para a recitação devota das Laudes ou Vésperas do Ofício dos Mortos e para a tradicional oração do Descanso Eterno: “Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, e que a luz perpétua os ilumine. Que as almas de todos os fiéis defuntos, pela misericórdia de Deus, descansem em paz.”
Veja o artigo completo no site Eternally Catholic para mais informações: EternallyCatholic.com/november-and-the-holy-souls-in-purgatory-a-comprehensive-guide-to-catholic-teaching-and-practice
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