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Se a Igreja é indefectível, por que você não aceita a Nova Missa e os Novos Santos?



Prezada TIA,

Louvado seja Jesus Cristo e Sua Mãe Santíssima!

Tenho tentado discernir a verdade sobre o Vaticano II, a Missa Novus Ordo, o tradicionalismo, etc. Sou um convertido à fé Católica.

Acredito que tenho um chamado ao sacerdócio, o que me levou a aprofundar os assuntos mencionados, a fim de discernir melhor a ordem em que devo ingressar. Acho a situação atual da Igreja muito confusa e por isso estou escrevendo para você, para tentar entender melhor sua posição.

Tenho conversado com outros Católicos que têm várias posições sobre essas questões e tenho lido artigos em seu site. A postura que atualmente acredito ser a mais provável é que a Missa tradicional é superior a do Novus Ordo, mas o N.O. não pode ser considerada inerentemente ruim, porque isso pareceria contradizer a indefectibilidade da Igreja. Eu acredito que esta foi a postura que foi mantida pelo falecido Michael Davies também.

Meu entendimento do seu site é que você acredita (junto com a FSSPX) que o N.O. é inerentemente ruim e pecaminoso para os Católicos participarem. Então, minha pergunta é como isso não contradiz a indefectibilidade da Igreja? Li em seus artigos que você afirma que os Papas têm autoridade para mudar os ritos da Igreja, então por que o Espírito Santo não os protegeria do erro aqui?

Acredito que antes do Vaticano II era uma doutrina da Igreja que ela não pode promulgar um decreto disciplinar universal que fosse prejudicial às almas.

Se você tiver tempo, você poderia dar uma olhada neste vídeo que explica e defende isso, e responder a ele? Vou fornecer algumas citações abaixo que são citadas no vídeo. Como você interpreta isso em conformidade com a posição Reconhecer e Resistir?

Auctorem Fidei

A prescrição do sínodo sobre a ordem dos negócios nas conferências, na qual, depois de prefaciar "em cada artigo o que pertence à fé e à essência da religião deve ser distinguido do que é próprio da disciplina", acrescenta, "nesta mesma (disciplina) deve ser distinguido o que é necessário ou útil para reter os fiéis em espírito, do que é inútil ou pesado demais para a liberdade dos filhos da nova aliança, mas mais ainda, daquilo que é perigoso ou nocivo, ou seja, que conduz à superstituição e ao materialismo"; na medida em que, pela generalidade das palavras, inclui e submete a um exame prescrito até mesmo a disciplina estabelecida e aprovada pela Igreja, como se a Igreja que é governada pelo Espírito de Deus pudesse ter estabelecido uma disciplina que não é apenas inútil e onerosa para a liberdade Cristã, mas que é até perigosa e prejudicial e leva à superstição e ao materialismo - falso, temerário, escandaloso, perigoso, ofensivo aos ouvidos piedosos, prejudicial à Igreja e ao Espírito de Deus por quem é guiado, no mínimo errôneo.

Isso parece dizer que a Igreja não pode estabelecer uma disciplina que seja "perigosa e prejudicial". O que devemos fazer com o Novus Ordo, etc. à luz disso?

Concílio de Trento, Cânon 7 sobre a Missa

Se alguém disser que as cerimônias, vestimentas e sinais exteriores, que a Igreja Católica usa na celebração das Missas, são incentivos à impiedade e não aos serviços da piedade: seja anátema [cf. n.943].

O Novus Ordo não é uma das "cerimônias, vestimentas e sinais exteriores que a Igreja Católica usa na celebração das Missas"?

Donum Veritatis (que, embora pós-conciliar, faz parte do Magistério)

Quando se trata da questão das intervenções na ordem prudencial, pode acontecer que alguns documentos do Magistério não estejam isentos de todas as deficiências. Os Bispos e seus conselheiros nem sempre levaram em consideração imediatamente todos os aspectos ou toda a complexidade de uma questão. Mas seria contrário à verdade se, a partir de alguns casos particulares, se concluísse que o Magistério da Igreja pode errar habitualmente nos seus juízos prudenciais, ou que não goza da assistência divina no exercício integral da sua missão.

Se a Igreja goza da assistência divina no exercício de sua missão, como pode, por meio de múltiplos pontificados, promulgar e (aparentemente) impor um rito prejudicial às almas?

Segundo, eu tinha uma pergunta sobre a canonização dos Santos, provavelmente é uma que você já ouviu muito - como a Igreja pode comemorar no Santo Sacrifício da Missa e encorajar as pessoas a rezar para alguém que está no Inferno, e um inimigo de Deus? O que poderia ser o caso se as canonizações não fossem infalíveis (pelo menos no nível de uma canonização declarando que a pessoa está no Céu). Ouvi o argumento de que as canonizações não se enquadram na definição de infalibilidade do Vaticano 1, mas ainda não vejo como poderia ser possível para a Igreja, a noiva de Cristo, celebrar uma pessoa que está no inferno amaldiçoando-a?!

Terceiro, Gostaria de saber mais sobre Nossa Senhora do Bom Sucesso. Fiquei sabendo de sua profecia sobre o colapso do casamento quando ainda estava me convertendo à fé, e assisti alguns vídeos que falam sobre ela, e é incrível ver como ela profetizou com precisão nossos tempos. Sabe onde posso ler toda a mensagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso?

Devo admitir que tenho medo de tomar a decisão errada em relação a essas coisas (por exemplo, a ordem religiosa para ingressar), o que poderia me colocar em cisma ou desobediência à Igreja. Não desejo fazer o que desagrada a Deus; ouço tantas opiniões contraditórias sobre a Missa, a Igreja, Vaticano 2, etc (e essa foi uma das profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso - que haveria uma multiplicação de opiniões), que não sei quem ou o que acreditar sobre elas. Eu não quero fazer um julgamento precipitado sobre essas coisas e acabar em cisma, ou oferecer sacramentos ilícitos, ou enganar ninguém, ou qualquer outra coisa ofensiva a Deus.

Finalmente, e mais importante, gostaria de pedir suas orações, para que eu possa discernir e seguir a vontade de Deus.

Obrigado pelo seu tempo, e aguardo sua resposta.

    Teu em Jesus, por Maria,

    D.S.

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TIA responde:

Prezado D.S.,

Obrigado por sua atenção em explicar sua posição e por fazer suas perguntas. Vemos que você está lutando com um sério problema de consciência.

Suas duas primeiras perguntas poderiam ser resumidas em uma simples afirmação: "Como acredito que a Igreja é indefectível, a Missa Novus Ordo e os novos Santos devem ser legítimos; caso contrário, sua indefectibilidade seria quebrada, o que é um absurdo."

Em sua exposição você faz uma abordagem teórica, independente dos fatos. O que quer que aconteça no domínio dos fatos não parece importar para você, pois você não admite que possa existir uma contradição entre as doutrinas do presente e do passado.

No entanto, para você resolver seu problema de consciência, você deve ter a coragem de enfrentar os fatos e, só então, passar a examinar como a teoria corresponde a eles. Este é o único caminho honesto a seguir. Caso contrário, você estará se escondendo fraudulentamente dos fatos para manter sua posição teórica.

Para ajudá-lo a abandonar essa falta de coragem, convidamos você a considerar seriamente os seguintes fatos:
  1. Pe. Antonio Rosmini (1797-1855) foi um famoso Católico liberal e pré-modernista condenado pela Igreja em 1887. Teve 40 de suas teses oficialmente condenadas pela Igreja, como você pode verificar em Denzinger. (DR 1891-1930a) Aliás, esse era quase o mesmo número de Lutero, que tinha 41 teses condenadas. (cf. DR 741-781)

  2. Em 3 de junho de 2007, o Papa Bento XVI aprovou a beatificação deste mesmo Pe. Rosmini, que ocorreu em 18 de novembro de 2007.

  3. Rosmini também defendia a tese "Ecclesia semper reformanda" – a Igreja deve sempre ser reformada – uma tese mais radical que a de Lutero, que era a de que a Igreja precisava de uma reforma.

  4. Pois bem, desde a ascensão de João XXIII ao Trono Pontifício, esta tese precisa foi considerada profética na Igreja Conciliar e adotada por todos os progressistas. Inclusive foi incluída nos documentos do Vaticano II, por exemplo, neste texto da Lumen gentium: "A Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação." (LG 8c)
Agora, nós lhe perguntamos: como você pode explicar a indefectibilidade da Igreja neste caso: primeiro condenando radicalmente Rosmini, segundo, apoiando-o radicalmente a ponto de glorificá-lo, incluindo-o no documento mais importante do Vaticano II e, terceiro, proclamando o velho herege um beato e apresentando-o como um modelo a ser seguido por todos os Católicos?

A Igreja Católica era indefectível antes, quando condenou Rosmini? Sim, acreditamos que ela era.

Como ela poderia ser indefectível depois, quando mudou de postura, quando agora está dizendo exatamente o contrário do que disse antes?

Como ela poderia ser ao mesmo tempo indefectível quando condenava Rosmini como herege e quando o exaltava como um santo?

Obviamente, a resposta é que não há indefectibilidade na aprovação de Rosmini e na sua beatificação. Há uma flagrante contradição com o ensinamento indefectível do passado da Igreja Católica.

Como explicar a contradição? A Igreja Católica foi infiltrada por seus inimigos, que lutam para destruí-la e, para isso, pregam o contrário do que ela ensinava antes.

Estes são os fatos, caro D.S. Se você tiver coragem de enfrentá-los, podemos continuar a discutir outros pontos. Mas se você fugir deles para se esconder em sua toca de coelho de disputas teóricas, podemos encerrar aqui nossa correspondência sobre esse tema.

Para responder a sua terceira pergunta sobre Nossa Senhora do Bom Sucesso, recomendamos que você assista os três vídeos mais recentes sobre ela que a TIA postou em seu canal no YouTube (aqui, aqui e aqui). Todas as profecias publicadas podem ser lidas no conjunto de dois volumes intitulado A Vida Admirável de Madre Mariana escrito pelo Pe. Manuel Pereira em 1799 (aqui e aqui).

    Cordialmente,

    Seção de correspondência da TIA

Postado em 16 de agosto de 2022

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