TIA responde:

V.S.,

Infelizmente, o que antes se entendia como incluído no 6º Mandamento deve hoje ser explicitamente estabelecido, porque os pregadores Católicos silenciam sobre o assunto e nos acostumamos com roupas imodestas.

Poucos padres hoje pregam contra esse pecado e, assim, a maioria dos fiéis continua a ser desviada por seguir os estilos modernos, que são extremamente imodestos, mesmo para crianças.

1. Pecados contra o 6º Mandamento

Nós o direcionamos para um fidedigno Catecismo Explicado por Spirago e Clark para encontrar uma boa doutrina da Moral Católica para ser aplicada a roupas imodestas (Francis Spirago e Richard Clark, O Catecismo Explicado: Uma Exposição Exaustiva da Religião Cristã, com Referência Especial ao Estado Atual da Sociedade e ao Espírito do Século, originalmente pub. em 1899; repub. por TAN Books and Publishers, Inc. 1993, pp. 390-391). Sobre este tema lê-se:

“O 6º Mandamento de Deus

“1. Pelo 6º mandamento Deus proíbe tudo o que viola a nossa própria inocência ou a de outrem particularmente. Deus mais especialmente proíbe. ...

"6. Imodéstia no vestuário e elegância excessiva.

"Aqueles que se vestem indecentemente são instrumentos do diabo para a ruína das almas. A vaidade e o amor ao vestir são fatores poderosos no serviço de Satanás; pois as mulheres que se enfeitam para atrair os homens não se atrevem a dizer que são castas e puras de coração; sua própria aparência lhes dá a mentira. O desejo de admiração não vem de um coração simples; é uma armadilha para prender outros no vício (pp. 392-393).”

No mesmo Catecismo explica-se o pecado mortal: “Comete pecado mortal aquele que conscientemente e por sua própria vontade desonra gravemente a Deus ou injuria o próximo em assunto de peso; que causa dano à própria vida, ou à vida, à propriedade ou à reputação de seu próximo (p. 458).”

O Catecismo supõe que vestir-se sem recato é pecado mortal quando feito com pleno conhecimento, de modo que desperte desejos impuros nos outros e com a intenção de pecar dessa maneira.

2. Santos e Papas que condenam roupas imodestas

Esta doutrina é confirmada pelos Santos quando eles emitiram advertências dizendo que vestimentas imodestas constitui um pecado grave:

São Clemente de Alexandria, em O Instrutor, livro II, cap. II

"De maneira alguma as mulheres podem descobrir e exibir qualquer parte de seus corpos, para que não caiam ambos - os homens por serem incitados a olhar, e as mulheres por atrairem para si os olhos dos homens."

São João Crisóstomo dá este aviso a uma mulher:

“Você carrega sua armadilha em todos os lugares e espalha suas redes em todos os lugares. Você alega que nunca convidou outros a pecar. De fato, você não o fez, por suas palavras, mas o fez por seu vestido e seu comportamento. (…) Quando você cometeu outro pecado em seu coração, como pode ser inocente?

"Diga-me, a quem este mundo condena? A quem os juízes punem? Aqueles que bebem veneno ou aqueles que o preparam e administram a poção fatal? Você preparou o cálice abominável, você deu a bebida mortífera, e você é mais criminosa do que aqueles que envenenam o corpo; você não mata o corpo, mas a alma.

"E não é com inimigos que você faz isso, nem é instigada por qualquer necessidade imaginária, nem provocada por injúria, mas por vaidade e orgulho tolos.” (Immodesty Satan’s Virtue, citado por Rita Davidson)

São Thomas More em The Four Last Things, Cap. 8:

"‘Luís de Granada fala de uma jovem cuja condenação não tinha outra fonte senão a vaidade e o desejo de agradar. Ela levava uma vida normal, mas sua paixão por atrair a atenção pelo encanto de sua beleza era a causa movente de toda a sua conduta. Tendo adoecida, ela morreu, tendo recebido todos os Sacramentos.

"Enquanto seu confessor orava por sua alma, ela apareceu a ele, dizendo que estava condenada, e que a causa de sua condenação era a vaidade. "Busquei," acrescentou, "apenas agradar aos olhos dos homens. Essa paixão me fez cometer uma multidão de pecados; impediu-me de receber bem os Sacramentos e me levou a tormentos eternos.'"

Papa Pio XII, em 15 de agosto de 1954, delegou ao Cardeal Ciriaci a emissão de uma carta sobre modéstia na qual ele declara explicitamente que é pecado mortal vestir-se imodestamente:

“Todo mundo sabe que durante os meses de verão, particularmente, são vistas aqui e ali coisas que certamente serão ofensivas para qualquer um que tenha mantido algum respeito e consideração pela virtude Cristã e pela modéstia humana. Nas praias, nos balneários, em quase todos os lugares, nas ruas das cidades e vilas, em lugares privados e públicos e, de fato, muitas vezes em edifícios dedicados a Deus, prevaleceu um modo de vestir indigno e indecente.

"Por causa disso, particularmente os jovens, cuja mente é facilmente inclinada para o vício, estão expostos ao extremo perigo de perder sua inocência, que é, de longe, o mais belo adorno da mente e do corpo.

"Adorno feminino, se puder pode ser chamado de adorno, roupa feminina, 'se isso pode ser chamado de roupa que não contém nada para proteger o corpo ou a modéstia,' (Sêneca) são às vezes de tal natureza que parecem servir à lascívia em vez da modéstia. O que estamos discutindo aqui é obviamente mais grave, pois diz respeito vitalmente não apenas à virtude Cristã, mas também à saúde e ao vigor da sociedade humana. Bem, o antigo poeta não disse sobre este assunto: 'O vício necessariamente segue a nudez pública'?…

"Um pecado mortal de escândalo é cometido por mulheres que andam com seus seios imodestamente expostos, ou que expõem seus membros indevidamente. Também por atores de comédias imodestas, e ainda mais pelas pessoas que compõem tais comédias; também por pintores que pintam quadros obscenos, e pelos chefes de família que mantêm tais quadros em suas casas.

"O pai que fala obscenamente, ou blasfema os santos, na presença de seus filhos, e a mãe que traz em sua casa para morar entre suas filhas jovens que estão apaixonados por elas, ou comprometidos com elas, ou outras pessoas suspeitas, são culpados de um pecado ainda mais grave de escândalo.

"Algumas mães dizem: não suspeite de nenhum mal. Eu respondo, que é seu dever suspeitar; caso contrário, eles terão que prestar contas a Deus de todos os pecados que podem seguir.

"Havia uma mulher que, mesmo depois do casamento, não deixou de dar escândalo. Esta mulher um dia caiu em um ataque, e enquanto ela estava em estado de inconsciência, ela viu o Senhor condenando-a ao fogo eterno. Quando ela recuperou o uso de seus sentidos, ela não fez nada além de gritar: 'Ai! Estou condenada, estou condenada!'

"Um confessor veio consolá-la, mas ela respondeu: 'O que eu tenho a ver com a confissão? Então a filha aproximou-se da cama, para encorajá-la, mas ela gritou: "Ah, criança maldita! por sua causa também estou condenada: por meio de você eu escandalizei os outros." Depois dessas palavras, os demônios, na presença de todos que estavam na casa a ergueram até o teto e então a jogaram tão violentamente contra o chão que ela instantaneamente expirou."

Estes são vários - entre muitos - exemplos de como a Igreja, falando por meio de um Papa e Santos, tradicionalmente leva muito a sério o pecado da imodéstia.

Esperamos que esta doutrina responda suficientemente ao seu desafio de provar que as mulheres que usam roupas imodestas cometem pecado mortal.

     Cordialmente,

     Seção de correspondência TIA