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Católicos brasileiros derrotam milagrosamente os
protestantes holandeses

Ivan Rafael de Oliveira
Esta é a história do belo milagre realizado por intercessão de Nossa Senhora durante a Insurreição Pernambucana na Batalha do Monte das Tabocas, que fez parte da Guerra Lusitano-Holandesa do século 17. A batalha aconteceu no Monte das Tabocas, na cidade de Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil.

O nome da cidade se traduz como “Vitória de Santo Antônio,” pois a cidade recebeu o nome da aparição milagrosa na batalha de Santo Antônio, o Grande (também conhecido como Santo Antônio do Deserto, que se encontrou com São Paulo, o Eremita). Autoridades do governo local concordaram com este nome para sua cidade em homenagem ao Santo que garantiu a vitória católica na Batalha do Monte das Tabocas. Taboca é o nome local de um tipo de bambu nativo do Brasil.

Desde então existe uma viva devoção a Nossa Senhora das Tabocas.


No século 17, após a derrota na tentativa de conquistar a Bahia, os holandeses voltaram-se para Pernambuco. Em 1630, o Recife era dominado pelos batavos holandeses e, durante 15 anos, os invasores avançavam pelas terras pernambucanas.

Não se tratava apenas de uma disputa entre nações, pois o que mais diferenciava os luso-brasileiros dos holandeses era a sua fé. Enquanto Portugal havia plantado profundamente os ensinamentos da Santa Igreja Católica em solo brasileiro, os holandeses, pelo contrário, queriam impor o protestantismo na sua forma mais odiosa contra o catolicismo. Portanto, por onde passavam os invasores, ocorreram terríveis massacres da população brasileira e de Pernambuco que permaneceu fiel a Maria Santíssima.

Joao Fernadez Vieira

Comandante João Fernandes Vieira

A batalha que marcou o início da expulsão das tropas holandesas ocorreu em 3 de agosto de 1645. Foi uma batalha histórica em vários sentidos, pois também é considerada a primeira aparição de um exército nacional brasileiro, que se consolidou ainda mais alguns anos depois na Batalha dos Guararapes.

Poucos meses antes, João Fernandes Vieira, comandante das tropas brasileiras, havia reunido os homens dispostos a lutar na cidade de São Lourenço. Com a aproximação dos batavos holandeses, João Vieira levou todo o seu contingente para um morro estratégico coberto de bambu chamado taboca, a cerca de 45 Km do Recife.

Para pôr fim apressadamente a esta perigosa insurreição, os holandeses enviaram um grande contingente sob o comando do capitão Hendrick Van Haus. Foi no dia 2 de agosto que Van Haus chegou à beira do morro da taboca onde os soldados católicos estavam reunidos. Para os holandeses, a vitória parecia certa e simples, pois contavam com 1.500 soldados armados e numerosos índios aliados. Embora Vieira tivesse cerca de mil homens, apenas 230 deles possuíam armas de fogo.

Num discurso apaixonado antes da batalha, o capitão Vieira dirigiu-se aos seus soldados recordando que “quem tem Deus ao seu lado não pode duvidar da vitória.” “E sabemos,” continuou, “que lutamos contra um povo que ofende abertamente a Deus. As imagens sagradas quebradas, as pedras dos templos destruídos, os corpos dos católicos despedaçados, as ofensas zombeteiras contra os sacerdotes – o que é tudo isso senão armas que o Céu nos dá para destruir esses hereges?”

Battle between Brazilians and Dutch

Brasileiros lutando contra os holandeses

No dia seguinte, a batalha aconteceu. À medida que a luta avançava, às vezes um lado, às vezes o outro ganhava vantagem. Porém, como a floresta repleta de tabocas oferecia grande proteção aos que estavam no topo do morro, os holandeses sempre viam seus homens caírem em maior número.

Enquanto lutavam, os Padres Simão de Figueiredo, João de Araújo e o Frei Beneditino João da Ressurreição percorreram destemidamente as fileiras católicas, confessando e abençoando os soldados brasileiros. O Padre Manuel de Morais ergueu bem alto um estandarte com a imagem de Jesus Crucificado e exortou os soldados a lutarem corajosamente e a fazerem as suas promessas a Nosso Senhor e à Santíssima Virgem.

Todos se sentiam dotados de uma coragem verdadeiramente sobrenatural, dispostos a lutar até à morte em defesa da Fé Católica. Os soldados prometeram penitência e boas obras; o comandante prometeu construir uma igreja em homenagem a Nossa Senhora do Desterro e outra em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré.

Enervada com tanto ardor, a reação holandesa não teve escolha senão intensificar o ataque, conseguindo assim recuperar a vantagem na batalha. Então João Vieira gritou: “Valorosos portugueses, viva a Fé de Cristo! Avante! Avante!” Às suas palavras seguiram-se as do Padre Manuel que exortou todos a rezarem juntos uma Salve Regina.

Nossa Senhora do Desterro

Igreja de Nossa Senhora do Desterro construída pelo ComandanteVieira em agradecimento pela ajuda na batalha

Neste exato momento em que a Virgem foi tão piedosamente invocada, os hereges foram tomados por um pânico inexplicável e começaram a fugir em grande confusão. Muitos soldados holandeses relataram mais tarde que o que os levou a recuar tão repentinamente foi a visão de uma mulher muito bonita com uma criança nos braços e, ao lado dela, um venerável velho vestido de branco; as figuras eram tão esplendorosas que seus olhos ficaram cegos. As figuras luminosas caminhavam entre os católicos, distribuindo armas, pólvora e munições.

Não há dúvida de que esta Mulher era a Santíssima Virgem com o seu Divino Filho. Antes deste último ataque, a munição dos pernambucanos já estava chegando ao fim. Porém, após a batalha, descobriu-se que, apesar do uso irrestrito de balas, milagrosamente restavam ainda mais em seus estoques.

Quanto ao eremita, não era outro senão Santo Antônio, o Grande, ou Santo Antônio do Deserto, popularmente conhecido como Santo Antão. Nas proximidades havia uma capela dedicada a ele, mas ela foi destruída e abandonada desde a invasão dos hereges holandeses.

Em agradecimento e para cumprir a promessa, João Fernandes Vieira mandou construir uma igreja em homenagem à Virgem na entrada de Olinda.

Nossa Senhora das Tabocas, rogai por nós!

Original aqui

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Postado em 30 de agosto de 2024

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